sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mau início de ano

Para mim, 2011 começou mal.

No dia 1 de Janeiro, o meu cão, metade pequinois, metade rafeiro, começou a sentir-se mal e foi levado de urgência para a veterinária. Bendita médica, que no primeiro dia do ano abdicou da sua folga e foi fazer tratamentos aos animais.

Após ser anestesiado, teve ataques de epilepsia. Como o cão não conseguia comer sem se engasgar e vomitar, fez-se um tratamento com injecções que nada resolveu.

Depois de 5 dias a comer quase nada e a vomitar a totalidade desse quase nada, com o cão a ficar muito fraco, acabámos por ir ao Hospital Escolar da Faculdade de Medicina de Veterinária (Universidade Técnica de Lisboa) fazer exames.

O primeiro exame, o raio-x, não mostrou nada, obrigando à realização de uma endoscopia. E aqui o meu coração começou a ficar (ainda) mais apertado porque já estava a imaginar que fosse algo de muito grave.

A veterinária que assiste o cão, e que trabalha nesta Faculdade, apareceu para assistir ao raio-x. Como bem disse uma amiga minha, há médicos que não demonstram essa preocupação pelos pacientes.

A endoscopia revelou 'apenas' um bocado de cartilagem espetado no esófago que foi prontamente retirado. O meu cão teve novamente ataques de epilepsia ao acordar da anestesia.

Agora está bem, embora tenha de tomar medicamentos para combater a infecção que entretanto surgiu. Quando me ligaram a dizer que ele já estava a acordar da anestesia e que, em princípio, o problema
estava encontrado, acho que foi o primeiro dia desde 1 de Janeiro que sorri abertamente.

O meu cão consegue ser chato, pode acordar às 6 da manhã, encher-me a roupa de pêlo, e ladrar como se não houvesse amanhã quando toca o telefona ou alguém bate à porta, mas estes últimos 7 dias foram de sofrimento para mim e para a minha mãe e, especialmente, para ele. Gosto mais dele do que de muitas pessoas com quem lido diariamente, e digo isto sem qualquer exagero. Sei que ele tem 11 anos e que irá morrer mais cedo que mais tarde. Ainda não consigo lidar com isso mas há-de chegar o dia.

Resta-me agradecer à Drª. Maria João Fraqueza e ao pessoal do Hospital Escolar os cuidados que tiveram com o meu 'menino' e que mo permitiram trazer para casa ainda meio combalido mas são e salvo, já a reclamar de estar enfiado na caixa de transporte e do tempo que demorámos a chegar a casa, e aos meus amigos que me apoiaram e nunca deixaram de me fazer acreditar na sua recuperação.